O objetivo deste procedimento é esticar a pele de uma região, aumentando sua área. Uma bexiga de silicone é colocada debaixo da pele, próximo da área de que será reparada. Ela vai sendo enchida com soro fisiológico de forma gradual e fracionada.
Normalmente, esse dispositivo é usado para reconstrução da mama após sua retirada, mas também pode ser usado em casos de acidentes, defeitos e lesões congênitas que necessitem de pele extra.
Quem é um bom candidato?
Quase todos os indivíduos que precisam de pele extra, desde crianças até idosos, podem se beneficiar da expansão tecidual. Na reconstrução de mama quando não há pele suficiente para a colocação do implante de silicone após a retirada da mama, utiliza-se o expansor de tecidos para ganhar mais pele antes da substituição definitiva para o implante.
Na reconstrução de couro cabeludo, na qual há necessidade de reparação ou substituição de áreas que estão sem cabelo. É uma técnica muito utilizada nessa região, porque não há sobra de pele nesta região. Na reconstrução de outras partes como face, pescoço, ombros, braços e pernas também funciona bem.
No entanto, em regiões onde a pele é muito espessa, como as costas ou em regiões onde há áreas extensas de cicatriz, pode não ser uma técnica muito útil.
O procedimento
Na maioria dos casos, o primeiro procedimento é rápido, com duração em torno de 1 a 2 horas. Nessa etapa é realizada a colocação da bexiga, também posicionada à válvula pela qual será realizado o enchimento.
Uma vez que a incisão está curada e bem cicatrizada, inicia-se o processo de expansão que durará aproximadamente 2 a 3 meses.
Após atingir o volume esperado, realiza-se a segunda cirurgia para retirada do expansor e substituição por um implante de silicone, no caso da reconstrução de mama, ou apenas para o avanço ou rotação da pele esticada para cobertura da área a ser tratada.
A expansão de tecidos é o procedimento ideal para o couro cabeludo, pois a área expandida mantém o crescimento do cabelo e se torna uma ótima opção para cobertura de cicatrizes e defeitos nesta região.
Nas mamas, o expansor é utilizado para criar uma loja com formato de mama, para que ali possa ser colocado um implante de silicone, após a sua retirada.
Nos membros, tanto braços quanto as pernas, não há pele sobrando e as cicatrizes podem comprometer suas funções. Devido a essas questões, é necessário ganhar mais pele para poder fazer um bom fechamento e substituir uma área de cicatriz contraída.
A recuperação
Após a primeira cirurgia, normalmente o paciente sente apenas um desconforto leve no local da inserção, sendo bem controlado com analgésico e anti-inflamatórios simples. Durante o processo de expansão, esse desconforto pode variar de pessoa para pessoa e de região para região.
Normalmente é mais dolorido nos momentos de expansão e no dia seguinte. Sendo essa a etapa mais incômoda do processo. A retirada do expansor e substituição por um implante ou apenas a utilização da pele extra para cobertura, é uma etapa bem tolerável em relação à dor e ao desconforto. Tanto a colocação quanto a retirada e substituição são usados drenos para evitar acúmulo de secreções.